Inspeção identifica 1.871 crianças e adolescentes em trabalho ilegal entre janeiro e setembro

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Entre janeiro e setembro deste ano, 1.871 crianças e adolescentes foram identificadas executando alguma forma ilegal de trabalho infantil. O cenário verificado por auditores-fiscais do trabalho é 14% superior ao resultado registrado ao longo do mesmo período de 2022.

Os dados foram divulgados pela coordenadora nacional de Fiscalização do Trabalho Infantil substituta, Luíza Carvalho Fachin, do Ministério do Trabalho e Emprego, nessa última sexta-feira, 20, em Brasília. 

De janeiro de 2021 até o mês passado, mais de 6 mil crianças e adolescentes foram encontradas trabalhando irregularmente, em diferentes setores econômicos.

Segundo a coordenadora, muitos desses jovens poderiam trabalhar legalmente, uma vez que é permitida pela legislação brasileira a contratação de adolescentes a partir dos 14 anos de idade, na condição de aprendizes, e de jovens a partir dos 16 anos, para o exercício de atividades que não representem uma ameaça à integridade física, mental e social.

Ainda de acordo com o levantamento, 66% das 1.871 crianças e adolescentes identificados este ano trabalhando ilegalmente tinham entre 16 e 17 anos, enquanto outros 21% tinham entre 14 e 15 anos. 

Setenta e oito por cento deles eram do sexo masculino e os setores econômicos para os quais estavam prestando serviço era o comércio e reparação de veículos (28%); alojamento e alimentação (24%); indústria de transformação (14%) e agricultura e pecuária (11,5%).

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