Operação termina com dois técnicos indiciados por estelionato e identificação de fraude de R$ 300 mil contra a Energisa

Fachada Depatri-nova

Dois técnicos foram indiciados por estelionato em operação que identificou uma série de fraudes com prejuízo estimado em R$ 300 mil contra a empresa Energisa. A ação foi deflagrada pelo Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri).

As irregularidades teriam ocorrido na rede de distribuição de energia nas cidades de Aracaju, São Cristóvão, Barra dos Coqueiros e Nossa Senhora do Socorro.

O Depatri foi acionado em abril deste pela companhia elétrica, que comunicou a suspeita de fraude a partir do aumento dos pedidos de ressarcimento de danos em equipamentos, ocasionados por intercorrências na distribuição de energia elétrica.

No entanto, segundo a polícia, apenas uma empresa, com assinatura de dois técnicos, era responsável pela emissão dos laudos. Os processos eram de indenização por perda total ou com valores muito elevados. Durante as investigações, o Depatri verificou que os danos foram causados intencionalmente e que os laudos eram falsos.

“Foi feita uma contraprova, e esses equipamentos foram analisados novamente. Em muitos deles, havia marcas de centelhas indicando que o dano foi causado intencionalmente. O cliente recebia esse equipamento embalado e era informado que deveria guardá-lo pois a Energia poderia solicitá-lo para análise”, detalhou a delegada Suirá Paim.

Os clientes, segundo a delegada, recebiam o laudo pronto que era entregue na Energisa com o pedido de ressarcimento. 

“Muitas vezes o pedido era negado pela empresa, e o cliente entrava em contato com os técnicos que informam todo o trâmite que o cliente deveria seguir para que a indenização fosse paga”, acrescentou Suirá.

Ao receberem o pagamento da indenização, os clientes eram orientados a repassar o valor para os técnicos que tinham confeccionado os laudos falsos.

Como resultado da investigação, dois técnicos foram identificados e indiciados pela prática de estelionato. O inquérito policial já foi finalizado e remetido à Justiça. 

“Os técnicos agravaram o problema que era de mero reparo e diziam que ali existia perda total. Os clientes figuravam como testemunhas, pois não houve comprovação de que eles tinham conhecimento da emissão desse laudo”, explicou a delegada Lauana Guedes.

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