Em entrevista ao Jornal da Fan, da rádio Fan FM, nesta quinta-feira, 21, o vereador de Nossa Senhora do Socorro, Léo Rocha, rebateu a proposição de que foi negligente em atuar sobre um caso de estupro de vulnerável que resultou no indiciamento do religioso conhecido como Apóstolo Rubens Miranda. O acusado também é assessor de outro parlamentar da cidade.
Anteriormente, também em relato ao Jornal da Fan, Carlos Alves, um amigo da família da vítima, afirmou que o Conselho Tutelar da cidade e o vereador Léo Rocha, enquanto presidente da Comissão de Defesa da Criança e do Adolescente na Câmara, não atuaram de forma efetiva para dar prosseguimento à investigação.
Em resposta, Léo Rocha confirmou ter recebido a denúncia no dia 31 de agosto, mas disse que, à época, não houve amparo ou apresentação de elementos comprobatórios suficientes para corroborar a versão trazida por Carlos.
“No dia 31 ainda, ele [Carlos] me enviou uma série de áudios e uma série de mensagens, inclusive vídeos, só que todas as mensagens que ele me enviou, todas elas eram participações em entrevistas de rádio e televisão. Eu deixei bem claro que eu precisava de provas para que eu provocasse o Conselho Tutelar e, posteriormente, fizesse a denúncia na DAGV”, explicou o vereador.
Na oportunidade, o vereador pontuou uma suposta postura contraditória do denunciante e ressaltou sua atuação na casa legislativa.
“Como ele mesmo cita em várias entrevistas, que ele que realmente tomou toda a iniciativa, o parabenizo, que tenhamos mais cidadãos como esse, que queiram abraçar uma causa tão justa, que é proteger a integridade física e moral da criança e do adolescente. Ele, inclusive, nos faz elogios certas vezes, e do nada, de dois dias para cá, começa a citar ou tecer críticas relacionadas ao nosso nome, como se eu tivesse uma falta de comprometimento com a minha função, que foi depositada nas urnas no município de Nossa Senhora do Socorro”, completou.
O vereador afirma que a partir de provas concretas da veracidade do caso, informações foram solicitadas ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA).
“No dia 5 de setembro eu notifico o CMDCA pedindo informações. Posteriormente, recebo a resposta do CMDCA, eu tenho em mãos essas documentações, tudo protocolado”, afirmou Léo Rocha.
Na oportunidade, o vereador também discorreu sobre a movimentação da presidência da Câmara a partir do indiciamento do líder religioso.
“Ele [presidente da Câmara], na hora, falei para ele que faria uma documentação interna e ele me entregou em minhas mãos a exoneração do acusado. E é interessante que nós viemos tomar as decisões realmente, não digo com temor, mas com Justiça, porque se de fato já tem provas legais, porque eu estive na DAGV, tudo que se trata, está relacionado à criança e ao adolescente, nós temos que pisar em ovos, nós temos que tomar cuidado, pela proteção da criança”, finalizou.