Bastidores
Por Narcizo Machado
No podcast ‘No Palco’ – projeto que tem repercutido muito bem no estado – o deputado estadual Marcelo Sobral (União Brasil) fez uma declaração que pode ser, no mínimo, classificada como ‘infeliz’.
Segundo o deputado, os servidores insatisfeitos podem deixar o Ipesaude, o qual classifica de plano de saúde, mas é um benefício, e migrar para os planos privados, já que não são obrigados a permanecer. Repercutiu mal, gerou críticas a ele e problemas de imagem para o governador Fábio.
A assessoria do deputado emitiu nota esclarecendo os fatos, e em um trecho, explica a intensão da fala.
“O que o Deputado Marcelo Sobral realmente afirmou é que o IPES continua sendo uma das opções mais vantajosas em termos de custo-benefício para os cidadãos do estado. A afirmação, por vezes mal interpretada, está longe de ser um incentivo para que os servidores abandonem o IPES. Pelo contrário, ele ressaltou que os servidores têm a liberdade de escolher, inclusive a possibilidade de aderir a planos de saúde alternativos caso estes sejam mais econômicos e atendam às suas necessidades”, diz a nota.
A verdade é que, na fala, Marcelo tem a intenção de mostrar que, no setor privado, o custo pelos serviços prestados será muito mais dispendioso, ele defende o reajuste feito na contribuição e afirma que a medida “salvou o Ipes”.
Outra informação do parlamentar, é que tentou acrescentar advogados como beneficiários do instituto, o que seria fragorosamente ilegal.
Serve de lição.
Confira a nota emitida pelo deputado na íntegra:
Nas últimas semanas, uma série de informações tem circulado a respeito do Instituto de Previdência do Estado de Sergipe (IPES), gerando debates exaltados e interpretações equivocadas. No centro dessa discussão, está o Deputado Estadual Marcelo Sobral, cujas declarações foram deturpadas e usadas de forma sensacionalista. É certo esclarecer o real contexto das palavras do deputado e desmistificar as falsas alegações que vêm sendo disseminadas.
O que o Deputado Marcelo Sobral realmente afirmou é que o IPES continua sendo uma das opções mais vantajosas em termos de custo-benefício para os cidadãos do estado. A afirmação, por vezes mal interpretada, está longe de ser um incentivo para que os servidores abandonem o IPES. Pelo contrário, ele ressaltou que os servidores têm a liberdade de escolher, inclusive a possibilidade de aderir a planos de saúde alternativos caso estes sejam mais econômicos e atendam às suas necessidades.
A menção aos servidores insatisfeitos merece uma análise mais aprofundada. Ao contrário do que foi insinuado, o desconto para o IPES não é uma obrigação imposta aos servidores. A flexibilidade existe para que, se os servidores encontrarem uma alternativa mais acessível, possam fazer a escolha que melhor lhes convier. Vale enfatizar que o Deputado Sobral nunca fez um apelo para que os servidores abandonem o IPES, mas sim reconheceu a pluralidade de opções disponíveis no mercado.
É crucial destacar que o IPES não deve ser confundido com um benefício, como algumas interpretações equivocadas têm sugerido. Ele é um plano de saúde, uma alternativa que visa garantir assistência médica de qualidade para os servidores.
É importante reconhecer que algumas plataformas midiáticas têm utilizado recortes descontextualizados para promover uma narrativa distorcida. A verdade tem sido sacrificada em favor de interesses particulares, como foi o caso de uma rede social conhecida como Realce, que demonstrou tendenciosidade em suas abordagens.
Ao que se refere à alegação da semana de que o governador Fábio Mitidieri pretende desmantelar o IPES e orientar os servidores a optarem por empresas privadas, é crucial esclarecer que tal notícia é infundada, caracterizando-se como uma “fake news”. Portanto, urge que a sociedade e os veículos de comunicação adotem uma abordagem mais responsável e precisa na divulgação de informações, de modo a evitar distorções que possam prejudicar figuras públicas e criar confusões desnecessárias.