Na manhã desta quinta-feira, 3, o Jornal da Fan, da rádio Fan FM, esteve na Comunidade Santa Cecília, no município de Nossa Senhora do Socorro, para escutar as reivindicações da população que enfrenta diversos problemas diários e que não apresentam solução, como a ausência de saneamento básico e inúmeras dificuldades na saúde.
Moradora e assistente social da comunidade, Adriana Bomfim expõe as problemáticas enfrentadas todos os dias.
“Aqui não temos esgotamento sanitário e nenhuma estrutura, a população vive assim, na lama. Nossos clamores são muitos, não somente sobre saneamento básico, como também questões da saúde pública. No posto médico faltam medicações e as pessoas precisam chegar a partir das 3h, às vezes mais cedo ainda”, relata a assistente social.
Habitante da comunidade, Denise precisou chegar por volta das 3h para ser consultada, mas se deparou com a falta de medicamentos simples e atendimento médico problemático. Ela explica que na Unidade Básica de Saúde (UBS), diabético não recebe suporte básico.
“Cheguei aqui 3h20, vim para o posto para me consultar, e nem uma dipirona tem. Sou diabética, quando chego aqui para medir a glicemia não tem fita, e quando acontece de ter, é vencida”, disse.
Já outra moradora explica que remédios imprescindíveis para tratamento da hipertensão estão em falta. “Eles dizem que não tem uma losartana, não tem nada. Esses remédios que são importantes para nós que somos hipertensos, de uso contínuo e que temos que tomar todos os dias, que se não tomarmos passamos mal. Nunca tem atendimento e ficamos sem nada, à mercê”.
Uma gestante relata também que precisa pegar ficha para ser consultada, enfrentando filas enormes e não tendo prioridade no atendimento. Vale lembrar que o agendamento do pré-natal deve ser realizado por meio de cadastro online, evitando a necessidade da gestante de enfrentar longas filas e complicações.
“Tive que chegar aqui bem cedinho para pegar uma ficha, se não eu não consigo ter uma consulta pré-natal. Nós temos que vir aqui como pessoas normais e sem prioridade no atendimento para pegarmos uma ficha, caso contrário, não conseguimos”, denuncia.