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Alerta: chuvas aumentam risco de propagação da esquistossomose em Aracaju

Da redação

30/05/2023


Já é sabido que o período entre os meses de maio e julho é marcado pelo significativo aumento das chuvas em todo o território sergipano. Em função disso, é preciso redobrar a atenção com relação a doenças que, nesse tempo chuvoso, encontram condições mais que propícias para se proliferarem e entre elas está a esquistossomose, que também é conhecida como “barriga d’água”.

Erroneamente, muitas pessoas acreditam que a esquistossomose foi erradicada, por se tratar de uma doença de registro antigo, mas a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ressalta que ela continua ativa no estado sergipano e exige cuidados redobrados no período chuvoso, quando ocorre o transbordamento de canais e áreas alagadas que podem conter caramujos infectados, o que facilita o contato de pessoas com a água contaminada.

No meio urbano, a esquistossomose está diretamente associada a más condições de saneamento. A doença é transmitida pelo caramujo Biomphalaria glabrata, que costuma habitar córregos, charcos e áreas alagadas, daí a necessidade de uma maior atenção nessa época de chuvosa.

O caramujo é infectado por larvas de ovos do verme Schistossoma mansoni, existentes nas fezes de pessoas contaminadas. No organismo do caramujo, as larvas se transformam em cercárias, que são expelidas na água e penetram na pele humana a qualquer contato direto. Quando a cercária penetra o corpo e se transforma no verme adulto, o Schistossoma mansoni atinge a corrente sanguínea, causando a esquistossomose, doença que atinge fígado, intestino, baço e outros órgãos, podendo causar até mesmo a morte.

A Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), informou que somente neste em 2023, já foram confirmados 26 casos de esquistossomose na capital, o que acendeu o alerta no órgão, que redobrou a atenção no combate aos caramujos transmissores da esquistossomose e pede que a população esteja atenta à presença do molusco.

Apesar da aparência simpática e inofensiva, o caramujo Biomphalaria glabrata, transmissor da esquistossomose, pode ser perigoso para a saúde humana.
Apesar da aparência simpática e inofensiva, o caramujo Biomphalaria glabrata, transmissor da esquistossomose, pode ser perigoso para a saúde humana.

De acordo com a gerente do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Marina Sena, o trabalho de combate aos vetores e hospedeiros intermediários de doenças transmitidas por animais é realizado durante todo o ano. No caso da esquistossomose, ações específicas têm sido desenvolvidas nos bairros de maior incidência da doença.

“Somente este ano, já foram realizados 1.133 exames para detecção da doença e a adesão da comunidade é fundamental para o êxito da ação, que proporciona um levantamento mais detalhado dos casos na região. O exame é sempre disponibilizado nas Unidades Básicas de Saúde. Nossos agentes de saúde mapeiam de forma precisa os casos no território e são realizadas busca ativa, com o fluxo de colher amostras, que são encaminhadas para análise no CCZ. Os casos positivos são direcionados para tratamento nas UBSs”, explica a gerente.

Para comunicar o aparecimento de moluscos, basta entrar em contato com o CCZ, que funciona das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira, e está localizado no Centro Administrativo do bairro Capucho – vizinho ao Ibama -, na avenida Dr. Carlos Rodrigues da Cruz, 1081. Qualquer contato pode ser realizado através dos telefones: (79) 3179-3528 e 3179-3565.

 

 

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